Achei muito boa a proposta do
novo projeto da prefeitura de São Paulo quanto aos dependentes químicos que
vivem na cracolândia e que deveria ser estendido a muitas outras cidades e
também os estados deveriam entrar em parceria com as cidades adotando este
projeto.
Pelo que deu para entender, a
proposta é indiretamente, incentivar os dependentes a buscarem tratamento por
meio da reinserção social, ou seja, através de um trabalho, de condições digna
incentiva os dependentes químicos buscarem tratamento sem a necessidade da obrigatoriedade
dos dependentes.
Em minha opinião este deve ser o
caminho e não a internação involuntária, já que este tipo de procedimento não
produz efeito. É preciso, ser ciente que qualquer tratamento deve ser a partir
do doente, não há cura sem a permissão do doente.
É preciso criar no dependente uma
força de vontade, um desejo de sair das drogas e isto deve acontecer procurando
resgatar a dignidade do doente bem com, restabelecer sua autoestima para que a
partir daí o dependente sinta forças e vontade realmente de sair das drogas.
Na verdade, esta é a metodologia
que as comunidades terapêuticas adotam, ou seja, a partir do interesse do
dependente químico ou alcoólatra em buscar tratamento, elas (comunidades) em
seu primeiro trabalho procura resgatar a autoestima do recuperando associado à
laborterapia, espiritualidade, reuniões de grupos e aconselhamentos
individuais.
Enfim, este deve ser o caminho
correto para atuar com o dependente químico, visando o tratamento voluntario e
não a pressão da prisão dos dependentes químicos com a mascará da internação
involuntária. Primeiro deve-se resgatar a autoestima, após isto, sem pressão,
oferecer tratamento. Alguns dependentes químicos a partir deste acolhimento nem
precisarão se internar e muitos outros
buscarão o tratamento de maneira voluntaria.