Palestras Sobre Drogas

Há 12 anos sou voluntário na área de Dependência Química, atuando no tratamento por meio de Comunidade Terapêutica. Tenho alguns livros publicados “Drogas um vale escuro e grande desafio para família" e "O amor vence as Drogas”, e mais de uma centena de Artigos relacionado a este tema.


Faço palestra sobre Dependência Química. Aqueles que desejarem basta entrar em contato pelo e-mail ataide.lemos@gmail.com


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Um projeto ideal para tratamento de dependentes químicos




Achei muito boa a proposta do novo projeto da prefeitura de São Paulo quanto aos dependentes químicos que vivem na cracolândia e que deveria ser estendido a muitas outras cidades e também os estados deveriam entrar em parceria com as cidades adotando este projeto.

Pelo que deu para entender, a proposta é indiretamente, incentivar os dependentes a buscarem tratamento por meio da reinserção social, ou seja, através de um trabalho, de condições digna incentiva os dependentes químicos buscarem tratamento sem a necessidade da obrigatoriedade dos dependentes.

Em minha opinião este deve ser o caminho e não a internação involuntária, já que este tipo de procedimento não produz efeito. É preciso, ser ciente que qualquer tratamento deve ser a partir do doente, não há cura sem a permissão do doente.

É preciso criar no dependente uma força de vontade, um desejo de sair das drogas e isto deve acontecer procurando resgatar a dignidade do doente bem com, restabelecer sua autoestima para que a partir daí o dependente sinta forças e vontade realmente de sair das drogas.

Na verdade, esta é a metodologia que as comunidades terapêuticas adotam, ou seja, a partir do interesse do dependente químico ou alcoólatra em buscar tratamento, elas (comunidades) em seu primeiro trabalho procura resgatar a autoestima do recuperando associado à laborterapia, espiritualidade, reuniões de grupos e aconselhamentos individuais.

Enfim, este deve ser o caminho correto para atuar com o dependente químico, visando o tratamento voluntario e não a pressão da prisão dos dependentes químicos com a mascará da internação involuntária. Primeiro deve-se resgatar a autoestima, após isto, sem pressão, oferecer tratamento. Alguns dependentes químicos a partir deste acolhimento nem precisarão se internar e muitos  outros buscarão o tratamento de maneira voluntaria.

Ataíde Lemos 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A internação involuntária compulsória




A internação involuntária compulsória

      Uma medida de um juiz dever ser aplaudida, pois, determinou a internação involuntária de um dependente químico, embora, saiba-se que dificilmente, haverá um resultado positivo, tanto pelo pouco tempo que serão de 30 dias e porque a internação é involuntária, porém, deve ser aplaudida por trazer a responsabilidade do custeamento financeiro da internação para o Estado. 

Parece-me que a justiça, embora, tem a responsabilidade de autorizar a interação, está também pressionando o governo. Ou seja, para autorizar a internação é fundamental que haja uma rede pública ou privada que dê condições e tenha os requisitos necessários para receber o dependente químico oferecendo a ele de fato tratamento digno e também, obrigando o Estado a custear o tratamento.

Se a maioria dos juizes também seguirem o exemplo de determinados magistrados, poderemos ter uma luz no fim do túnel em relação a ação do governo em termos  de tratamento aos dependentes químicos, pois o fracasso desta medida tomada pelo governador do Estado de São Paulo, deverá levar o governo tomar medidas mais consistentes e junto com a sociedade civil e os profissionais especializados nesta área criando assim, um novo modelo de políticas públicas que de fato possa atingir um índice melhor, pelo menos, na busca de tratamentos.

Ao questionar a internação involuntária, não quero com isto, dizer que sou insensível com estes que estão morrendo de maneira terrível nas ruas. Que sou insensível as mais variadas formas utilizadas pelos dependentes químicos para adquirem as drogas. Não sou insensível aos familiares que sofrem tanto quanto, ou mais ainda, que os dependentes químicos por verem vivendo e morrendo da forma como estão. Pelo contrário, sou solidário a suas dores, porém, não concordo por saber que a internação involuntária não funciona e por saber que é somente a critica que pode levar os poderes públicos agirem com seriedade e de fato, assumirem suas responsabilidades em termos de tratamento às drogas.

As estatísticas revelam que a cada ano tem-se aumentado de forma assustadora o consumo do craque, no entanto, os governos mantiveram inertes a esta realidade. O governo de São Paulo, após, varias tentativas frustradas e violentas  em acabar com a cracolandia, resolveu tomar uma nova medida erronia, porém, esta pode ser a esperança de uma nova proposta e ação concreta para a criação de uma política séria e  investimentos de recursos humanos e financeiros do Estado para o tratamento destes doentes.

Ataíde Lemos

Escritor&Poeta

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Retroagindo-se em relação à dependência química



Retroagindo-se em relação à dependência química

No passado, o dependente químico era tido como um doente mental, portanto, ele era internado em manicômio e ficava por anos e anos. Com o avanço da medicina e o conhecimento nesta área,  chegou-se a conclusão que o dependente químico é possuidor de uma doença bio-psico-social e que seu tratamento se dá através da psicologia e não necessariamente, por um psiquiatra, há não ser em determinados casos que o dependente também possui uma doença psiquiátrica que se desenvolveu através da drogadição. Mas, mesmo nestes casos, o tratamento não se dá por internação ambulatorial, mas, domiciliar, somente, havendo necessidade de internação em casos gravíssimos mentais.

Pois bem, quando também se chegou a conclusão que a dependência química não é uma doença mental, se criou um mito que o dependente químico é uma pessoa desajustada e sem caráter – um vagabundo. Infelizmente, este mito ainda perdura em grande parte da sociedade que não consegue aceitar ou assimilou que a dependência química é uma doença e deve ser tratada como tal.

Outro fato também que ocorreu, foi conceituar o dependente químico como um problema de segurança pública. Ou seja, o dependente ou usuário que portava drogas para seu uso era preso e cumpria uma sentença fechada, porém, era um crime afiançável. Após, muitas discussões houve mudança da Lei Sobre Drogas e hoje portar drogas para uso continua sendo crime, mas o usuário, não cumpre o regime fechado e nem é necessário fiança. Ele é obrigado a participar de algum programa de tratamento. 

Durante estes últimos 20, 30 anos houve um grande avanço em relação ao conceito de dependência química. Avanço na área de ciências biológicas e de saúde; avanço filosófico em relação ao uso de drogas e o dependente. Está se criando o conceito que o dependente não é caso de segurança pública, mas sim de saúde pública. No entanto, o avanço que não surge é na capacidade do Estado oferecer tratamento adequado para os portadores da dependência. por ser um tratamento complexo; pela necessidade de haver políticas públicas nesta área que exige uma estrutura enorme de profissionais capacitados e por fim, por exigir a disponibilidade de grandes recursos financeiros e ser um trabalho de resultados em longo prazo.

No entanto, vemos todo estes avanços se retroagirem, ou seja, o dependente químico, novamente passa a ser tratado como doente mental por pessoas que nem da área médica é. Isto é, para limpar as cidades, preocupados com as desvalorizações de certas áreas venais em regiões nobres das grandes metrópoles, políticos e outras autoridades resolvem prender (internar) dependentes químicos como se fossem doentes mentais.

Na falta obtenção de resultados; devido o crescimento de portadores desta doença e pela vergonha de não investirem na saúde pública. Por não investiram no tratamento desta doença (dependência química) estão querendo segregar os dependentes químicos confinando-os em instituições que se sabe lá como se dará o tratamento. Até porque o tratamento não haverá, pois ninguém se cura ou se trata daquilo que não quer.

Com mais de 12 anos na área de tratamento é notório que não há como se tratar um dependente químico contra a vontade dele. Não há como trabalhar o emocional, o psicológico de um dependente químico ou de qualquer pessoa sem a sua vontade. Pensar nesta possibilidade é ser mais insano que o próprio dependente.

Quando vejo este tipo de medida tomada, ou seja internar compulsoriamente, involuntariamente um dependente, me faz pensar que não é somente, a família que está coodependente, mas sim, a sociedade. Ou me faz pensar que autoridades políticas –não médicas – estão aproveitando esta coodependencia para tomar medidas que não tem nada haver com o problema saúde, mas sim, promover alguns interesses escusos.

Ataíde Lemos

Escritor & Poeta

Internação involuntária


          

        Dados oficiais estatísticos da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que de cada 100 dependentes que procuram tratamento, apenas 3 conseguem sair das drogas. Pois bem, se a média é tão baixa para aqueles que por livre espontânea  vontade buscam tratamento. Qual será a média dos que são obrigados a se tratarem? Portanto, a internação involuntária é obvio que não funciona. Este tipo de procedimento é retornar ao passado, onde se segregava aos dependentes como loucos em clinicas ou cadeias disfarçadas de clinicas. acredito que deva haver um processo de abordagem, onde por meio de uma equipe multidisciplinar crie no dependente à vontade de buscar tratamento. A dependência química é uma doença que exige vontade política, exige políticas públicas bem definidas, recursos humanos e financeiros e como colocado no artigo um trabalho compartilhado entre Estado e sociedade e não medidas paliativas e demagógicas que só servem para iludir famílias de dependentes e a própria sociedade que é leiga sobre esta doença.

Ataíde Lemos
Escritor & poeta

sábado, 12 de janeiro de 2013

Políticas públicas para tratamento a dependentes químicos


Políticas públicas para tratamento a dependentes químicos 

Quando o Rio de Janeiro, começou a internar os usuários de drogas involuntariamente, escrevi vários artigos questionando esta atitude. Pois, há muitos anos atuando nesta área, é de conhecimento que este tipo de internação não produz resultado positivo. A dependência química é uma doença e o conceito de doença é que: “ninguém se trata de uma doença se não desejar”, este conceito vale para todas as doenças. No caso especifico da dependência química, ainda é mais complicado, pelo fator “dependência”. Poucos são aqueles que a partir de uma dependência química, conseguem sobriedade necessária para pedir ajuda e assim, iniciar um tratamento. Portanto, pegar uma criança, um adolescente, um jovem, um adulto e exigir que ele se trate é uma atitude insana e demonstra um total desconhecimento daqueles que propõe este tipo de ação. Ou ainda, há uma segunda intenção, ou seja, limpar a cidade e encarcerar estes doentes. 

Pois bem, depois de mais de um ano que a prefeitura do Rio de Janeiro, começou a implantar a internação involuntária o resultado já demonstra a ineficácia desta política .Ou seja, a grande maioria que é recolhida e internada em clinicas involuntariamente, retornam as ruas. Esta semana (11/01/2013), tivemos um fato lamentável desta ação, um adolescente para fugir dos agentes sociais que iriam recolhe-lo, acabou sendo morto atropelado na Avenida Brasil. 

Infelizmente, o estado de São Paulo seguirá o mesmo modelo da cidade do Rio de Janeiro, uma política lamentável. Me parece que o prefeito de São Paulo, Hadad não concorda com este tipo de política, ainda bem. 

Tenho reiterado, por diversas vezes, me posicionado sobre como se deve atuar nesta área e a complexidade que é a doença da dependência química. Acredito, que o primeiro passo de ajuda para que os dependentes procuram tratamento é criar neles o interesse que deve ocorrer através de uma equipe multidisciplinar de acolhimento, para que através deste processo, conquiste a confiança e produza o interesse do dependente para tratar-se. Este deve ser o primeiro passo. O segundo; é que os municípios, estados e a união, tenham condições de dar para estes dependentes tratamentos adequados a doença, ou seja, tenham clinicas, centros de recuperação e sobretudo, profissionais preparados que conheçam sobre dependência química e não apenas jogarem estes doentes em clinicas sem a menor estrutura física e de profissionais. Terceiro; há muitas instituições civis sérias que tem condições de acolher estes dependentes e dar a eles tratamentos condizente, no entanto, não possuem recursos humanos e financeiros, porque o poder público não oferece convênios para elas. Instituições que sobrevivem com as migalhas, muito bem vindas por sinal da sociedade civil. Instituições civis que o poder público as ignoram, só lembrando em períodos eleitorais. Portanto, é essencial que o Poder Publico (executivo, legislativo e mesmo o judiciário), promovam convênios com estas entidades civis para que todos – Estado e sociedade civil – possam através de ações compartilhadas promoverem tratamentos adequados aos portadores da dependência química e assim, de fato, algo de concreto e real possa ser feito para minimizar esta triste realidade que assistimos não só nos grandes centros, mas sim em todo o país. 

Ataíde Lemos 
Escritor & Poeta

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Uma prisão disfarçada




Uma prisão disfarçada

        Há um problema muito sério no Rio de Janeiro que é mascarar as mazelas provocadas pela dependência química limpando a cidade, ou seja, jogando os dependentes químicos adultos e crianças em prisões disfarçadas de clinicas.

Qualquer profissional da saúde que atua nesta área, sabe que o grande problema para os dependentes químicos é conseguir internação  O Estado em todas as esferas (municipal, estadual e federal) é omisso neste sentido, pois possui algumas instituições para este tipo de tratamento e que não repassa verbas às infinitas instituições existentes pela sociedade civil (com raras exceções). Entidades estas que para manterem-se precisam mendigar, apelando para pessoas caridosas e empresas, ou mesmo, colocando seus internos para fazerem campanhas nas ruas.

Agora o governo vem com esta que vai internar involuntariamente os dependentes químicos e alcoólatras para colocar onde? Em cárceres disfarçados de clinicas e entidade? Enfim, este procedimento está mais que na cara que é uma atitude para jogar debaixo do tapete a incompetência do Estado na área de tratamento a dependentes químicos e querer mostrar uma mentira para o mundo frente os eventos esportivos que teremos (copa do mundo e as olimpíadas). Os profissionais da área da saúde não podem se omitir deixando ser levado por esta grande mentira e esta maneira de tratar os dependentes químicos como bandidos mantendo-os presos ao invés de trata-los.

Ataíde Lemos  

domingo, 24 de junho de 2012

O Amor Vence as Drogas



O Amor Vence as Drogas


 Durante muitos anos trabalhando junto a dependentes químicos em tratamentos, atendendo famílias. Durante muitos anos experimentando a dor, o sofrimento, a desilusão, a desesperança, a morte, mas sobretudo vivenciando o amor em cada nova esperança. Em cada dependente recuperado. Em cada ressurreição de famílias, escrevi o livro “O Amor Vence as Drogas”.

 O amor vence as drogas; o amor ressuscita vidas; reconstrói famílias. O amor estende a mão ao irmão. O amor é fonte da vida; é luz no fim do túnel; é a esperança na desesperança; é a paciência, perseverança, enfim, o amor supera tudo, espera tudo.

 O título “O Amor Vence as Drogas”, foi dado ao livro, após ler, reler e descobrir que em todo o livro estava imbuído o amor em seus diversos capítulos, embora, tenha apenas 70 páginas, havia o amor indiretamente; o amor explicitamente e o amor nas suas mais variadas esferas como:

1)     O amor individual: o ser humano que se ama, se cuida. O ser humano que se ama, procura curar suas doenças. O ser humano que se ama, cuida de seu corpo, de seu Espírito. O ser humano que se ama busca a todo custo sua dignidade de pessoa, de filho de Deus. Enfim, o ser humano que se ama, procura e aceita ajuda e tudo faz para se sentir amado e valorizado.

2)     O amor humanitário: todos somos irmãos e como tal, precisa-se amar uns aos outros. Amar significa, estender a mão, significa quebrar preconceitos, discriminações. Significa quebrar paradigmas. Ou seja, o amor humanitário é coletivo e o fator fundamental para ajudar as pessoas vencerem suas doenças físicas e emocionais. É o amor humanitário que tem o poder transformador de mudar realidades tristes e proporcionar esperanças aos marginalizados.

3)     O amor de Deus: Deus é fonte de todo amor; Deus é amor. É Nele que nos amamos a nós mesmos e aos outros. É o amor de Deus que transforma e refaz nossa vida. Deus, não se mantém alheio aos nossos sofrimentos; as nossas dores; as nossas angustias, enfim, Ele se mantém presente e atuando, porém é preciso que deixemos ser revestidos por este amor. Precisamos ter Ação tanto para mudarmos de vida como para ajudar nossos irmãos doentes e sofredores.

 Em suma, o livro “O Amor Vence as Drogas”, em linguagem simples, diretas, objetivas, mas cheia de amor, procuro expor um pouco da minha experiência nesta área, com o objetivo de ser uma semente pequena tanto de esperança como de conforto para o leitor. Ser desejar adquirir basta entrar em contato pelo e-mail ataide.lemos@gmail.com


 Como exposto, o livro “O Amor Vence as Drogas”, tem 70 páginas, preço R$12,00 (preço incluído despesas de correio), compra através de deposito bancário.   

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Combater as drogas




Assistia o Fantástico ontem (29/04/2012), quando uma matéria sobre as drogas sintéticas me chamou atenção e deixou-me preocupado, pois cada vez, torna-se mais difícil o combate às drogas, deixando a sociedade vulnerável ao seu consumo, tornando-se o seu combate uma tarefa árdua e sem sucesso. 

 A matéria do Fantástico relata que; “Substâncias criadas em laboratório que imitam o efeito das drogas já conhecidas. Mas como possuem uma fórmula recém criada, ainda não estão na lista de entorpecentes. E por isso não são combatidas. Um site inglês oferece dezenas de tipos dessas novas drogas sintéticas. É um site de vendas como outro qualquer. Você escolhe a mercadoria, como uma que diz provocar os mesmos efeitos do ecstasy. Depois preenche seus dados e eles prometem fazer a entrega em até 20 dias úteis por correio em qualquer parte do mundo.” 

 A partir do momento que se fabricam drogas sintéticas que produzem os mesmos efeitos das drogas naturais ilícitas, abre-se uma porta para diversas outras drogas de livre consumo, pois, para serem relacionadas como drogas ilícitas pelos órgãos do governo precisa-se de um longo tempo. Portanto, até que este processo ocorra varias outras estão sendo criadas e comercializadas legalmente.

 Em suma, torna-se fundamental o trabalho de prevenção. Faz-se necessário uma prevenção tanto para que diminua a demanda do consumo, no sentido de se não se consumir a drogas pelas suas conseqüências, mas sobretudo, diminuir a demanda por uma melhoria da qualidade de vida dos adolescentes, dos jovens que pertençam às faixas etárias que fazem parte do grupo de risco ao consumo de drogas. Que adianta um trabalho sistemático contra o ckak! se há uma droga sintética licita que possui efeitos semelhantes a ele? Ou seja, sem um trabalho sistemático preventivo para diminuição da demanda, será sempre o cachorro correndo atrás do gato, e o gato no muro provocando o cachorro. 

 É sabido que a entrada nas drogas ilícitas é consequencia das licitas, ou seja, normalmente, o adolescente, o jovem começa consumi-las após já ser consumidor de álcool, por isto, faz-se necessário um trabalho preventivo e sistemático em relação às bebidas alcoólicas. Uma prevenção promovida pelo Estado, mas também pelas famílias. Neste sentido, a família tem seu papel de fundamental importância no retardamento do consumo de álcool pelos filhos. 

 A repressão ao tráfico de drogas ilícitas é necessária e essencial, no entanto, tem pouco efeito na diminuição do consumo se a demanda é grande. Se tiver as drogas licitas que possibilitem obter os mesmos efeitos das ilícitas e podem ser comercializadas normalmente. 

 Portanto, sem uma política de prevenção as drogas nas escolas; sem uma política de prevenção às drogas promovida pelo Estado atuando conjuntamente com as entidades, culturais, esportivas, sociais civis e governamentais que estimulem os jovens buscarem obterem uma vida saudável sem drogas; sem uma política de prevenção às drogas do Estado e dos municípios através das Assistências Sociais, que deem suporte as famílias desestruturadas, dificilmente se conseguirá a diminuição da demanda das drogas pelos adolescentes e jovem as drogas e o combate a ela, por meio da repressão ao tráfico serão apenas medidas paliativas com resultados ineficazes. 

  Ataíde Lemos Escritor e poeta

segunda-feira, 5 de março de 2012

Dependentes e seus familiares no tratamento



Gostaria de abordar um tema que é muito delicado, mas infelizmente, é corriqueiro ocorrer com os dependentes químicos quando estão em tratamento nas comunidades terapêuticas que é; o abandono de seus familiares.

É natural – porém, não justificável – que os familiares acabam-se desgastando com seus entes dependentes que se adoecem a tal ponto de não se importarem mais com eles, ou seja, acabam abandonando-os, como se eles não fizessem mais parte da família.

O tratamento de um dependente químico se dá através da participação da família, ou seja, para que de fato, um dependente consiga manter sobriedade é fundamental contar com o apoio de seus familiares, bem como é essencial para os familiares participarem do tratamento de seu ente, pois eles também estão doentes, e como toda doença, para que atinja sua cura é preciso que todos os órgãos afetados sejam tratados. Portando, não basta que o dependente esteja numa clinica em tratamento se seus familiares não estejam inseridos também nele.

O que muitas vezes, vemos ocorrer é que a família ao colocar seu ente numa clinica, esquece dele lá. É como se estivesse tirando um peso de seus ombros transferindo-os para a instituição. Em muitos casos, elas sentem se aliviadas, pois sabem que na entidade eles estão sendo cuidados, ou seja, não estão jogados nas ruas, não estão dando preocupações. Estão sendo bem alimentados, etc., esquecendo que na instituição é por um período transitório, isto é, um dia ele sairá de lá e voltará para as ruas e tudo recomeçará de novo se de fato não estiverem sóbrios.

A grande maioria dos dependentes que dão entrada nas comunidades terapêuticas – instituições mais pobres – ocorre através da assistência social do município; entidades civis de acolhimento, por indicação de pessoas caridosas. Ou seja, estes dependentes já estão descartadas pela família, e naqueles casos onde a família que procura internação, parte delas só aparece na entidade para internar depois desaparecem. Sendo assim, é um trabalho árduo o tratamento deles, pois lhes falta o essencial que é a presença dos familiares.

Durante muitos anos, atuando no tratamento de dependentes químicos, o dia mais triste era o dia da visita dos familiares, pois, na maioria das vezes, nem 10% dos internos recebiam visita. Ou seja, no único dia que a família tinha para visitar e dar força para seu ente internado ela não comparecia.

Ainda é preciso dizer, que no estatuto, no regimento da maioria das comunidades terapêuticas, há uma norma que exige a participação da família no tratamento. Este comparecimento é para que ela saiba como está o processo de recuperação de seu ente, para participarem de palestras sobre co-dependência. Há também uma norma que exige que a família participe de algum grupo de mutua ajuda, no entanto, a imensa maioria delas, não participa. Então, as instituições ficam num dilema, ou dispensam os recuperando cuja família não cumpra tais normas, ou os mantém em tratamento. Muitas delas, optam por mantê-los, pois o amor por eles, sobressai ao regulamento.

Enfim, é fundamental que as famílias de dependentes químicos, não permitam que a doença os faça tornar-se frias a ponto de abandonar seus entes doentes (dependentes químicos), pois esta atitude já é um sinal claro que de elas estão doentes também. É importante frisar que a cada internação deve-se brotar uma esperança, ainda que possam ser varias internações. Cada dia é um novo dia, e cada momento é momento novo. Também é importante, que as famílias não veja uma instituição de tratamento como algo que vai dar ao seu ente mais dignidade ou proporcionar uma tranqüilidade para ela. Evidentemente, é infinitamente melhor estar numa clinica do que estar nas ruas, passando frio, fome, se drogando e a tensão da má noticia a qualquer hora, porém, é fundamental que a família participe do tratamento de seu ente. É importante que a família se insira no tratamento, para que possa curar de sua co-dependência que há.Uma doença tão grave quanto à própria dependência.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Autor do livro "O Amor Vence as Drogas"
Adquira o seu entrando em contato

Comunidade Terapêutica Jeová Shalom

Gostaria de deixar neste tópico informações para aqueles que tem problemas relacionado às drogas e deseja tratamento.Somos diretores uma entidade para tratamento a dependentes químicos chamada “Comunidade Terapêutica Jeová Shalom”.Já atuamos nesta área de tratamento há quase 12 anos.
Para maiores informações aqui estão dados da entidade para aqueles que estão a procura de tratamento.

· A entidade se localiza na cidade de Ouro Fino sul de Minas Gerais, está há 200 km de São Paulo, 480 km do Rio de Janeiro e 490 km de Belo Horizonte. A instituição trata apenas o sexo masculino.

· A instituição é evangélica: Isto não significa que somente atende a evangélicos, pelo contrario, a entidade recebe todos sem distinção de credo, raça, etnia, etc. no entanto, os princípios da espiritualidade é Cristã.

· É proibido fumar cigarro de tabaco. Segundo entendimento da entidade tabaco é também uma droga que precisa ser combatida. Muitas vezes o próprio uso do cigarro acaba sendo um fator de levar o dependente a ter suas recaídas.

· O tratamento se dá através do tripé; Laborterapia, espiritualidade e reunião de grupos. A reunião de grupo é subdividida em palestras, dinâmicas e os doze passos.

· O tempo de duração do tratamento é de seis meses divididos em: dois meses para desintoxicação, dois para conscientização e mais dois anos destinado a ressocialização.

· Embora a entidade esteja registrada nos órgãos públicos, como ocorre com a maioria das Comunidades Terapêuticas não recebe verbas dos poderes públicos e como tem que se manter, ela pede a titulo de doação uma contribuição de R$ 250,00 mensais para poder custear as despesas de manutenção da instituição.

Pois bem, estas são as informações básicas, caso há interesse basta entrar em contato:
potifar@hardonline.com.br

Presidente:
Apostolo Profº Roberto Wagner Alves Ferreira