A
internação involuntária compulsória
Uma medida de um juiz dever ser aplaudida, pois,
determinou a internação involuntária de um dependente químico, embora, saiba-se
que dificilmente, haverá um resultado positivo, tanto pelo pouco tempo que
serão de 30 dias e porque a internação é involuntária, porém, deve ser
aplaudida por trazer a responsabilidade do custeamento financeiro da internação
para o Estado.
Parece-me que
a justiça, embora, tem a responsabilidade de autorizar a interação, está também
pressionando o governo. Ou seja, para autorizar a internação é fundamental que
haja uma rede pública ou privada que dê condições e tenha os requisitos
necessários para receber o dependente químico oferecendo a ele de fato
tratamento digno e também, obrigando o Estado a custear o tratamento.
Se a maioria
dos juizes também seguirem o exemplo de determinados magistrados, poderemos ter
uma luz no fim do túnel em relação a ação do governo em termos de tratamento aos dependentes químicos, pois
o fracasso desta medida tomada pelo governador do Estado de São Paulo, deverá
levar o governo tomar medidas mais consistentes e junto com a sociedade civil e
os profissionais especializados nesta área criando assim, um novo modelo de
políticas públicas que de fato possa atingir um índice melhor, pelo menos, na
busca de tratamentos.
Ao questionar
a internação involuntária, não quero com isto, dizer que sou insensível com
estes que estão morrendo de maneira terrível nas ruas. Que sou insensível as
mais variadas formas utilizadas pelos dependentes químicos para adquirem as
drogas. Não sou insensível aos familiares que sofrem tanto quanto, ou mais
ainda, que os dependentes químicos por verem vivendo e morrendo da forma como
estão. Pelo contrário, sou solidário a suas dores, porém, não concordo por
saber que a internação involuntária não funciona e por saber que é somente a
critica que pode levar os poderes públicos agirem com seriedade e de fato,
assumirem suas responsabilidades em termos de tratamento às drogas.
As
estatísticas revelam que a cada ano tem-se aumentado de forma assustadora o
consumo do craque, no entanto, os governos mantiveram inertes a esta realidade.
O governo de São Paulo, após, varias tentativas frustradas e violentas em acabar com a cracolandia, resolveu tomar
uma nova medida erronia, porém, esta pode ser a esperança de uma nova proposta
e ação concreta para a criação de uma política séria e investimentos de recursos humanos e
financeiros do Estado para o tratamento destes doentes.
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