Todo período eleitoral, a maioria dos candidatos independente o cargo postulado levantam a bandeira contra as drogas, seus discursos são: “é preciso dar tratamento para os dependentes químicos e as suas famílias, combater o tráfico de drogas, etc, etc.”
Mostram a realidade das drogas sendo estritamente fieis aos acontecimentos, mostrando-se atualizados a tudo que está ocorrendo em termos das drogas e o sofrimento tanto dos dependentes químicos como os das famílias e a ausência do Estado. Suas plataforma políticas sobre este tema se estende deste o trafico, a demanda, prevenção, ao tratamento a reinserção social. Porém, passa-se a eleição e quando ao chegar o novo pleito observamos que o discurso é o mesmo, no entanto, tudo ficou no mesmo, ou melhor, piorou o quadro. Enfim, o que constatamos é que mais pessoas entraram nas drogas, mais famílias se encontram desprotegidas do Estado em relação ao tratamento de seus entes.
Diante este quadro a resposta que podemos deduzir é que falar em drogas conquista votos, pois hoje existe um enorme desespero da sociedade, de um modo geral, que está na busca de uma solução e quando aparecem políticos com discursos sentimentais, ou seja, vão fazer isto ou aquilo para minimizar esta triste realidade acabam por conquistar votos.
Se fizermos um diagnostico da realidade das drogas e da atuação do Estado, iremos chegar a dados lamentáveis tanto na sua ação junto às famílias como aos dependentes químicos em relação ao apoio e tratamento a elas, bem como sua ação às entidades que atuam nesta área.
Primeiramente, iremos constatar que o numero de centros específicos para tratamentos à dependência química oferecidos pelo Estado é pífio em relação à demanda. Também iremos constatar que sua atuação em termos de ajuda financeira as entidades não governamentais que atuam nesta área é quase que zero, deixando estas instituições praticamente sem condições mínimas necessárias para oferecerem tratamento de qualidade aos seus recuperandos. Enfim, uma total ausência do Estado que vem de muitos anos.
Há 12 anos que atuo nesta área e deste aquele período o ckak já se configurava como uma droga de efeito avassalador, porém se passou uma década e o discurso continua o mesmo, no entanto o que podemos ver é que ela aumentou de forma assustadora.
Durante todos estes anos o que pudemos observar é que, apenas houve Conferências e mais Conferências onde se promoveram vários documentos com diretrizes para se criar redes de proteção às famílias e aos dependentes químicos, porém todas estas diretrizes ficaram e ficam apenas no papel sem serem implementados com raríssimas exceções . Isto é fácil de se constatar quando as famílias procuram atendimentos tanto para elas quanto para seus entes.
Portanto, é necessário ficar atento de quais candidatos surgem os discurso de combate às drogas; observar o que tal candidato que aborta este tema já tem feito durante sua vida pública para minimizar o problema. Pesquisar se tal candidato faz algum trabalho ligado a esta área. Enfim, não ser iludido pelo sentimentalismo que naturalmente nos leva a acreditar em propagandas de campanha.
Ataíde Lemos