Palestras Sobre Drogas

Há 12 anos sou voluntário na área de Dependência Química, atuando no tratamento por meio de Comunidade Terapêutica. Tenho alguns livros publicados “Drogas um vale escuro e grande desafio para família" e "O amor vence as Drogas”, e mais de uma centena de Artigos relacionado a este tema.


Faço palestra sobre Dependência Química. Aqueles que desejarem basta entrar em contato pelo e-mail ataide.lemos@gmail.com


terça-feira, 28 de junho de 2011

Um dos males das drogas é a questão referente às classes sociais



Sou um defensor contra a legalização das drogas, por trabalhar com dependentes químicos em tratamentos. Por ver e ler o mal que elas provocam tanto para aquele que faz uso, como indiretamente a família e a sociedade. Enfim, as drogas destroem o homem e a sociedade. Acredito que esta posição é também da imensa maioria  daqueles que atuam na área de prevenção e de tratamento a dependentes químicos.

Muitas vezes se usa o discurso de que algumas drogas são leves e poderiam ser legalizadas e assim questionam: se tais drogas como, por exemplo, a maconha não pode ser legalizada, por que o álcool e o tabaco que são drogas lícitas altamente prejudiciais, até mais que algumas ilícitas são liberadas? Para esta indagação, tenho apenas uma única resposta: não há como controlar uma droga utilizada por mais de 90% da sociedade e o tabaco que também possui um alto percentual de fumantes. É inviável, é utopia querer torná-las ilícitas.

Por outro lado, tal questionamento é incoerente e serve como base para a não liberação da maconha e outras  ilícitas, haja vista, que se as licitas fazem este grande estrago na saúde das pessoas e da sociedade, por que liberar as outras? Sendo que seus consumidores são uma parcela pequena da sociedade? A maconha não atinge 8 % de usuários, a cocaína, menos de 4%, ou seja, se um governo não pode controlar este uso é melhor pegar o boné e pedir demissão ou renunciar.

Enfim, este é um fato que se constata o porque sou contra a legalização das drogas, além do que, é preciso levar em consideração do interesse que está por trás em querer a legalização da maconha, pois, é apenas o inicio da legalização das outras drogas.

Quando se diz que a droga provoca violência, ninguém questiona este fato. No entanto, é preciso ressaltar que a violência das drogas não está apenas na questão do tráfico, mas também no consumo, ou seja, como ela altera a consciência,  muitos sobre seus efeitos acabam provocando um grande índice de violência. Mas uma vez, devemos analisar as drogas licitas, o consumo de álcool é responsável por um numero expressivo de mortes fúteis e a violência domestica. Portanto, a questão da violência provocada pelas drogas é relativa.

No entanto, meu objetivo é também entrar num outro aspecto, que me causa indignação, ou seja, a maneira diferenciada de interpretação da Lei sobre drogas pelas autoridades os quais tratam os usuários e dependentes químicos . Infelizmente, vemos que o grande problema da ilegalidade das drogas, não está nela em si (drogas), mas nas classes sociais que as usam. Isto é, os pobres são tratados completamente diferentes dos das classes A em relação à Lei sobre Drogas.

Dias atrás uma manchete de mídia dizia: “A policia prendeu mais um traficante de drogas”. Pois bem, fiquei atento para a matéria; ao ouvir a noticia tinha o seguinte conteúdo: “A policia militar prende um traficante, com ele foram pegos 4 buchas de maconha e uma quantia de R$ 5,00”. Seria cômico se o desfecho deste pobre usuário ou dependente não fosse trágico. Enfim, um usuário, no mínimo da classe pobre, é considerado traficante porque estava com 4 cigarros de maconha e R$ 5,00 reais (dinheiro do tráfico) e os bacanas da Zona Sul. Os filhos dos da classe A são pegos com kilos de maconha, de cocaína e não passam de usuários. É muito triste observarmos que é assim que ocorre, ou seja, o problema da ilicitude das drogas está  relacionado aos da classe pobre. Estes sim, são violentados em seus direitos, tendo punições além da Lei.

Temos lido na imprensa que o governo do Rio de Janeiro vai abordar os usuários de drogas que estiverem consumindo ckac nas vias públicas e interná-los compulsoriamente para desintoxicação, ai fica o pergunta: todos serão internados? Os filhos dos da classe A que estiverem se drogando nas vias publicas serão internados? Pois, usuários de ckac, somente se conhecem suas identidades após averiguação. Será que os pais da classe A, os quais terão seus filhos apreendidos pela policia serão obrigados internarem seus filhos usuários de ckak para desintoxicação?

Em suma, é preciso acabar com esta hipocrisia e tratar as pessoas iguais. A Lei precisa ser igual para todos, acabando com o preconceito e a discriminação dos usuários de drogas das classes menos desfavorecidas economicamente dando tratamentos desiguais aos usuários de drogas, segundo suas classes sociais.

Ataíde Lemos
Escritor e poeta
Autor dos livros: O Amor Vence as Drogas
Drogas, um vale escuro e grande desafio para família 

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Comunidade Terapêutica Jeová Shalom

Gostaria de deixar neste tópico informações para aqueles que tem problemas relacionado às drogas e deseja tratamento.Somos diretores uma entidade para tratamento a dependentes químicos chamada “Comunidade Terapêutica Jeová Shalom”.Já atuamos nesta área de tratamento há quase 12 anos.
Para maiores informações aqui estão dados da entidade para aqueles que estão a procura de tratamento.

· A entidade se localiza na cidade de Ouro Fino sul de Minas Gerais, está há 200 km de São Paulo, 480 km do Rio de Janeiro e 490 km de Belo Horizonte. A instituição trata apenas o sexo masculino.

· A instituição é evangélica: Isto não significa que somente atende a evangélicos, pelo contrario, a entidade recebe todos sem distinção de credo, raça, etnia, etc. no entanto, os princípios da espiritualidade é Cristã.

· É proibido fumar cigarro de tabaco. Segundo entendimento da entidade tabaco é também uma droga que precisa ser combatida. Muitas vezes o próprio uso do cigarro acaba sendo um fator de levar o dependente a ter suas recaídas.

· O tratamento se dá através do tripé; Laborterapia, espiritualidade e reunião de grupos. A reunião de grupo é subdividida em palestras, dinâmicas e os doze passos.

· O tempo de duração do tratamento é de seis meses divididos em: dois meses para desintoxicação, dois para conscientização e mais dois anos destinado a ressocialização.

· Embora a entidade esteja registrada nos órgãos públicos, como ocorre com a maioria das Comunidades Terapêuticas não recebe verbas dos poderes públicos e como tem que se manter, ela pede a titulo de doação uma contribuição de R$ 250,00 mensais para poder custear as despesas de manutenção da instituição.

Pois bem, estas são as informações básicas, caso há interesse basta entrar em contato:
potifar@hardonline.com.br

Presidente:
Apostolo Profº Roberto Wagner Alves Ferreira